Abaixo, conheça alguns mitos e verdades sobre a cirurgia b
ariátrica que considerei importante relacionar.
O ideal é que antes de ir para cada consulta tanto com o cirurgião, quanto com a equipe multidisciplinar, você leve um papel com as dúvidas que você tem. Sempre que surgia uma dúvida na minha cabeça (até a que parecia mais "idiota" possível), eu anotava no meu celular, e em todas as consultas fazia perguntas sem medo de parecer boba, afinal, era da minha saúde que estava falando... Tenho certeza que todos os médicos responderão com a maior boa vontade... As palestras também são importantes para tirar essas dúvidas, pois as dúvidas de outras pessoas também servirão para vocês, além de outras informações importantes que os profissionais nos orientam.
Mito ou Verdade?
A cirurgia bariátrica é irreversível.
MITO
A reversibilidade ou a conversão para outra técnica com o
objetivo de melhorar algum efeito adverso da cirurgia pode ser realizada mesmo
com a extração de uma parte do estômago, informa o cirurgião Almino Ramos, presidente
da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM)
O paciente necessariamente deve apresentar doenças
associadas à obesidade para passar por uma cirurgia.
VERDADE
O objetivo de qualquer operação bariátrica e metabólica é a
resolução ou controle das doenças associadas, declara o cirurgião Ricardo
Cohen, diretor do Centro de Obesidade, Diabetes e Cirurgia Bariátrica e
Metabólica do Hospital Oswaldo Cruz.
O paciente necessariamente deve apresentar doenças
associadas à obesidade para passar por uma cirurgia.
VERDADE
O objetivo de qualquer operação bariátrica e metabólica é a
resolução ou controle das doenças associadas, declara o cirurgião Ricardo
Cohen, diretor do Centro de Obesidade, Diabetes e Cirurgia Bariátrica e
Metabólica do Hospital Oswaldo Cruz .
A cirurgia de redução do estômago só pode ser feita em
pessoas com IMC superior a 35.
MITO
Segundo o cirurgião Almino Ramos, presidente da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), discute-se cada vez mais
a realização da cirurgia em pacientes portadores de diabetes tipo 2 que não
conseguem controlar a doença clinicamente. Uma avaliação individual do caso
determinará a necessidade da operação.
Antes do tratamento cirúrgico, o paciente deve tentar
outros métodos para emagrecer.
VERDADE
A indicação cirúrgica é considerada somente quando os
tratamentos clínicos e comportamentais falham, enfatiza o cirurgião Ricardo
Cohen, diretor do Centro de Obesidade, Diabetes e Cirurgia Bariátrica e
Metabólica do Hospital Oswaldo Cruz.
O balão intragástrico não é tão eficaz na perda de peso,
pois ele só pode ser usado por seis meses.
MITO
“A perda de até 20% do peso corporal é considerada excelente
para uma técnica não cirúrgica”, reforça o cirurgião João Henrique Lima, do
Hospital Vita Batel. Mas para obter resultados de longo prazo e de forma
definitiva, o paciente deve adotar um novo estilo de vida baseada no tripé
atividade física, reeducação alimentar e mudança comportamental, complementa o
cirurgião José Afonso Sallet, diretor Instituto de Medicina Sallet.
Após a cirurgia é possível engordar novamente, pois o
estômago pode dilatar sem reeducação alimentar.
PARCIALMENTE VERDADE
O estômago pode dilatar ligeiramente, mas o que faz o
paciente engordar novamente é a manutenção de velhos hábitos - como a ingestão
de doces, comidas gordurosas e bebidas alcoólicas - associada à falta de
atividades físicas, destaca o cirurgião Marcelo Zidel Salem, do Núcleo de
Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês.
Depois da cirurgia, o paciente precisará de suplementação
vitamínica para o resto da vida.
MITO
A suplementação é necessária nos primeiros meses após a
cirurgia, mas pode ser descontinuada posteriormente se o paciente fizer uma boa
reeducação alimentar, diz o cirurgião Almino Ramos, presidente da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).
Mulheres que passaram por uma cirurgia bariátrica podem
engravidar.
VERDADE
Após 18 meses da cirurgia bariátrica, quando geralmente há
uma estabilização do peso, as mulheres podem engravidar, esclarece o cirurgião
João Henrique Lima, do Hospital Vita Batel. A perda de peso, inclusive,
contribuir com a diminuição dos riscos de diabetes, hipertensão gestacional e
outros problemas.
Menos invasivo, o balão intragástrico pode ser colocado
em pessoas que queiram perder peso por questões estéticas.
MITO
Como qualquer tratamento para obesidade, o balão jamais deve
ser empregado com fins estéticos, alerta o cirurgião Ricardo Cohen, diretor do
Centro de Obesidade, Diabetes e Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital
Oswaldo Cruz.
Toda cirurgia de redução do estômago envolve a retirada
de uma parte do órgão.
PARCIALMENTE VERDADE
A operação mais realizada no Brasil e no mundo apenas
reorienta o trajeto dos alimentos pelo tubo digestivo. Já a gastrectomia
vertical, a segunda técnica mais empregada, envolve a retirada de um pedaço do
estômago, como informa o cirurgião Ricardo Cohen, diretor do Centro de
Obesidade, Diabetes e Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital Oswaldo
Cruz.
O acompanhamento psicológico é recomendado apenas para os
pacientes que comem compulsivamente.
MITO
Além da compulsão, há outros transtornos que podem estar
ligados à obesidade e podem se beneficiar do tratamento psicológico, como a
depressão e os transtornos de humor, como explica o cirurgião João Henrique
Lima, do Hospital Vita Batel.
O balão intragástrico requer comprometimento do paciente
com a reeducação alimentar.
VERDADE
Por ser um tratamento temporário, de seis meses, o balão
intragástrico requer uma mudança de hábitos por parte do paciente. Mas isso
também vale para quem faz a cirurgia de redução do estômago, enfatiza o
cirurgião Marcelo Zidel Salem, do Núcleo de Transtornos Alimentares do Hospital
Sírio-Libanês. Assim, o ideal é ter uma alimentação saudável e praticar
exercícios.
Tanto a cinta ajustável usada para reduzir o estômago
como o balão intragástrico podem ser extraídos e recolocados facilmente.
MITO
Segundo o cirurgião Almino Ramos, presidente da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), a declaração não
procede, pois os dois procedimentos apresentam riscos e efeitos indesejáveis.
A cirurgia de redução do estômago e o balão intragástrico
provocam alterações hormonais que diminuem a fome.
PARCIALMENTE VERDADE
Isso procede no caso das técnicas cirúrgicas que alteram o
trato digestivo. “O balão apenas induz as pessoas a ingerirem uma menor
quantidade de alimentos, uma vez que reduz a capacidade do estômago”, explica o
cirurgião José Afonso Sallet, diretor Instituto de Medicina Sallet.
Antes de optar pela cirurgia bariátrica, o paciente deve
tentar o balão intragástrico.
MITO
Cada procedimento tem sua recomendação, como explica o
cirurgião Marcelo Zidel Salem, do Núcleo de Transtornos Alimentares do Hospital
Sírio-Libanês. “A maioria dos obesos mórbidos com indicação cirúrgica é operada
sem balão”.
Depois de perder peso, o paciente sempre precisa fazer
uma cirurgia plástica corretiva.
MITO
Não são todas pessoas que precisam de cirurgias corretivas.
A necessidade desse procedimento é avaliada caso a caso, explica o cirurgião
João Henrique Lima, do Hospital Vita Batel.
Crianças, adolescentes e idosos não podem ser submetidos
à cirurgia de redução do estômago.
MITO
“Desde que bem indicadas, as operações bariátricas tem bons
resultados nessas faixas etárias também”, garante o cirurgião Ricardo Cohen,
diretor do Centro de Obesidade , Diabetes e Cirurgia Bariátrica e Metabólica do
Hospital Oswaldo Cruz.
Quando comem alimentos doces e gordurosos, as pessoas que
fizeram a cirurgia sofrem com tontura, sudorese, diarreia e queda da pressão
arterial.
PARCIALMENTE VERDADE
A esses sintomas dá-se o nome de dumping. Eles podem
ocorrer, mas tornam-se menos frequentes com o passar do tempo, segundo o
cirurgião Ricardo Cohen, diretor do Centro de Obesidade, Diabetes e Cirurgia
Bariátrica e Metabólica do Hospital Oswaldo Cruz.
Quem passa por uma cirurgia de redução do estômago sofre
com náuseas e diarreia com frequência.
MITO
Isso pode acontecer em técnicas específicas, pouco
utilizadas. De maneira geral o paciente operado tem vida normal e não sofre com
esses problemas, esclarece o cirurgião Marcelo Zidel Salem, do Núcleo de
Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês.
Um obeso que tentou melhorar seus hábitos alimentares e
não teve sucesso deve optar pela cirurgia de redução do estômago em vez do
balão intragástrico.
PARCIALMENTE VERDADE
A indicação depende de cada caso, mas segundo o cirurgião
Ricardo Cohen, diretor do Centro de Obesidade, Diabetes e Cirurgia Bariátrica e
Metabólica do Hospital Oswaldo Cruz, alguns trabalhos científicos mostraram que
a perda de peso com o balão é semelhante à obtida com tratamento medicamentoso,
exercícios físicos e dieta. Por ser temporário, o paciente também pode
recuperar o peso perdido. Portanto, se constatada a necessidade uma cirurgia
bariátrica e metabólica, ela não poderá ser substituída pelo procedimento do
balão.
Redução de estômago pode deflagrar depressão ou
comportamento compulsivo.
MITO
A operação não deflagra quadros de depressão, mas como a
mudança na rotina, a grande perda de peso e a restrição alimentar podem causar
uma descompensação emocional, o acompanhamento psicológico é recomendado. Isso
vale especialmente para pessoas com tendência a depressão e comportamentos
compulsivos, afirma o cirurgião Marcelo Zidel Salem, do Núcleo de Transtornos
Alimentares do Hospital Sírio-Libanês.
É possível fazer atividades físicas logo após a colocação do
balão no estômago.
VERDADE
O dispositivo no estômago não possui restrição para realizar
atividades. “Porém, elas devem ser liberadas gradualmente, na medida da
adaptação e conforto do paciente. É importante seguir as orientações médicas,
principalmente a respeito da prática de exercícios de alto impacto, como por
exemplo, boxe”, diz o cirurgião José Afonso Sallet, diretor Instituto de
Medicina Sallet.