Sim, estou decidida. Vou mudar minha vida, Cansei de remédios, dietas, emagrece-engorda, academia até quarta. Cansei. Não foi uma decisão tomada do dia para a noite. Tive milhares de dúvidas. Pensei centenas de vezes. Pesquisei. Mudei de médicos. Pedi orientações a profissionais, amigos, médicos pessoais. Medo? Claro... faz parte!!! Mas estou decidida. Criei este blog à 29 dias da cirurgia, 14 de agosto de 2013, para tentar ajudar as pessoas que cogitam em fazer a cirurgia bariátrica.
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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Mitos e verdades

Abaixo, conheça alguns mitos e verdades sobre a cirurgia bariátrica que considerei importante relacionar.

O ideal é que antes de ir para cada consulta tanto com o cirurgião, quanto com a equipe multidisciplinar, você leve um papel com as dúvidas que você tem. Sempre que surgia uma dúvida na minha cabeça (até a que parecia mais "idiota" possível), eu anotava no meu celular, e em todas as consultas fazia perguntas sem medo de parecer boba, afinal, era da minha saúde que estava falando... Tenho certeza que todos os médicos responderão com a maior boa vontade... As palestras também são importantes para tirar essas dúvidas, pois as dúvidas de outras pessoas também servirão para vocês, além de outras informações importantes que os profissionais nos orientam.




Mito ou Verdade?

A cirurgia bariátrica é irreversível.
MITO
A reversibilidade ou a conversão para outra técnica com o objetivo de melhorar algum efeito adverso da cirurgia pode ser realizada mesmo com a extração de uma parte do estômago, informa o cirurgião Almino Ramos, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM)

O paciente necessariamente deve apresentar doenças associadas à obesidade para passar por uma cirurgia.
VERDADE
O objetivo de qualquer operação bariátrica e metabólica é a resolução ou controle das doenças associadas, declara o cirurgião Ricardo Cohen, diretor do Centro de Obesidade, Diabetes e Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital Oswaldo Cruz.

O paciente necessariamente deve apresentar doenças associadas à obesidade para passar por uma cirurgia.
VERDADE
O objetivo de qualquer operação bariátrica e metabólica é a resolução ou controle das doenças associadas, declara o cirurgião Ricardo Cohen, diretor do Centro de Obesidade, Diabetes e Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital Oswaldo Cruz .

A cirurgia de redução do estômago só pode ser feita em pessoas com IMC superior a 35.
MITO
Segundo o cirurgião Almino Ramos, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), discute-se cada vez mais a realização da cirurgia em pacientes portadores de diabetes tipo 2 que não conseguem controlar a doença clinicamente. Uma avaliação individual do caso determinará a necessidade da operação.

Antes do tratamento cirúrgico, o paciente deve tentar outros métodos para emagrecer.
VERDADE
A indicação cirúrgica é considerada somente quando os tratamentos clínicos e comportamentais falham, enfatiza o cirurgião Ricardo Cohen, diretor do Centro de Obesidade, Diabetes e Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital Oswaldo Cruz.

O balão intragástrico não é tão eficaz na perda de peso, pois ele só pode ser usado por seis meses.
MITO
“A perda de até 20% do peso corporal é considerada excelente para uma técnica não cirúrgica”, reforça o cirurgião João Henrique Lima, do Hospital Vita Batel. Mas para obter resultados de longo prazo e de forma definitiva, o paciente deve adotar um novo estilo de vida baseada no tripé atividade física, reeducação alimentar e mudança comportamental, complementa o cirurgião José Afonso Sallet, diretor Instituto de Medicina Sallet.

Após a cirurgia é possível engordar novamente, pois o estômago pode dilatar sem reeducação alimentar.
PARCIALMENTE VERDADE
O estômago pode dilatar ligeiramente, mas o que faz o paciente engordar novamente é a manutenção de velhos hábitos - como a ingestão de doces, comidas gordurosas e bebidas alcoólicas - associada à falta de atividades físicas, destaca o cirurgião Marcelo Zidel Salem, do Núcleo de Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês.

Depois da cirurgia, o paciente precisará de suplementação vitamínica para o resto da vida.
MITO
A suplementação é necessária nos primeiros meses após a cirurgia, mas pode ser descontinuada posteriormente se o paciente fizer uma boa reeducação alimentar, diz o cirurgião Almino Ramos, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).

Mulheres que passaram por uma cirurgia bariátrica podem engravidar.
VERDADE
Após 18 meses da cirurgia bariátrica, quando geralmente há uma estabilização do peso, as mulheres podem engravidar, esclarece o cirurgião João Henrique Lima, do Hospital Vita Batel. A perda de peso, inclusive, contribuir com a diminuição dos riscos de diabetes, hipertensão gestacional e outros problemas.

Menos invasivo, o balão intragástrico pode ser colocado em pessoas que queiram perder peso por questões estéticas.
MITO
Como qualquer tratamento para obesidade, o balão jamais deve ser empregado com fins estéticos, alerta o cirurgião Ricardo Cohen, diretor do Centro de Obesidade, Diabetes e Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital Oswaldo Cruz.

Toda cirurgia de redução do estômago envolve a retirada de uma parte do órgão.
PARCIALMENTE VERDADE
A operação mais realizada no Brasil e no mundo apenas reorienta o trajeto dos alimentos pelo tubo digestivo. Já a gastrectomia vertical, a segunda técnica mais empregada, envolve a retirada de um pedaço do estômago, como informa o cirurgião Ricardo Cohen, diretor do Centro de Obesidade, Diabetes e Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital Oswaldo Cruz.

O acompanhamento psicológico é recomendado apenas para os pacientes que comem compulsivamente.
MITO
Além da compulsão, há outros transtornos que podem estar ligados à obesidade e podem se beneficiar do tratamento psicológico, como a depressão e os transtornos de humor, como explica o cirurgião João Henrique Lima, do Hospital Vita Batel.

O balão intragástrico requer comprometimento do paciente com a reeducação alimentar.
VERDADE
Por ser um tratamento temporário, de seis meses, o balão intragástrico requer uma mudança de hábitos por parte do paciente. Mas isso também vale para quem faz a cirurgia de redução do estômago, enfatiza o cirurgião Marcelo Zidel Salem, do Núcleo de Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês. Assim, o ideal é ter uma alimentação saudável e praticar exercícios.

Tanto a cinta ajustável usada para reduzir o estômago como o balão intragástrico podem ser extraídos e recolocados facilmente.
MITO
Segundo o cirurgião Almino Ramos, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), a declaração não procede, pois os dois procedimentos apresentam riscos e efeitos indesejáveis.

A cirurgia de redução do estômago e o balão intragástrico provocam alterações hormonais que diminuem a fome.
PARCIALMENTE VERDADE
Isso procede no caso das técnicas cirúrgicas que alteram o trato digestivo. “O balão apenas induz as pessoas a ingerirem uma menor quantidade de alimentos, uma vez que reduz a capacidade do estômago”, explica o cirurgião José Afonso Sallet, diretor Instituto de Medicina Sallet.

Antes de optar pela cirurgia bariátrica, o paciente deve tentar o balão intragástrico.
MITO
Cada procedimento tem sua recomendação, como explica o cirurgião Marcelo Zidel Salem, do Núcleo de Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês. “A maioria dos obesos mórbidos com indicação cirúrgica é operada sem balão”.

Depois de perder peso, o paciente sempre precisa fazer uma cirurgia plástica corretiva.
MITO
Não são todas pessoas que precisam de cirurgias corretivas. A necessidade desse procedimento é avaliada caso a caso, explica o cirurgião João Henrique Lima, do Hospital Vita Batel.

Crianças, adolescentes e idosos não podem ser submetidos à cirurgia de redução do estômago.
MITO
“Desde que bem indicadas, as operações bariátricas tem bons resultados nessas faixas etárias também”, garante o cirurgião Ricardo Cohen, diretor do Centro de Obesidade , Diabetes e Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital Oswaldo Cruz.

Quando comem alimentos doces e gordurosos, as pessoas que fizeram a cirurgia sofrem com tontura, sudorese, diarreia e queda da pressão arterial.
PARCIALMENTE VERDADE
A esses sintomas dá-se o nome de dumping. Eles podem ocorrer, mas tornam-se menos frequentes com o passar do tempo, segundo o cirurgião Ricardo Cohen, diretor do Centro de Obesidade, Diabetes e Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital Oswaldo Cruz.

Quem passa por uma cirurgia de redução do estômago sofre com náuseas e diarreia com frequência.
MITO
Isso pode acontecer em técnicas específicas, pouco utilizadas. De maneira geral o paciente operado tem vida normal e não sofre com esses problemas, esclarece o cirurgião Marcelo Zidel Salem, do Núcleo de Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês.

Um obeso que tentou melhorar seus hábitos alimentares e não teve sucesso deve optar pela cirurgia de redução do estômago em vez do balão intragástrico.
PARCIALMENTE VERDADE
A indicação depende de cada caso, mas segundo o cirurgião Ricardo Cohen, diretor do Centro de Obesidade, Diabetes e Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital Oswaldo Cruz, alguns trabalhos científicos mostraram que a perda de peso com o balão é semelhante à obtida com tratamento medicamentoso, exercícios físicos e dieta. Por ser temporário, o paciente também pode recuperar o peso perdido. Portanto, se constatada a necessidade uma cirurgia bariátrica e metabólica, ela não poderá ser substituída pelo procedimento do balão.

Redução de estômago pode deflagrar depressão ou comportamento compulsivo.
MITO
A operação não deflagra quadros de depressão, mas como a mudança na rotina, a grande perda de peso e a restrição alimentar podem causar uma descompensação emocional, o acompanhamento psicológico é recomendado. Isso vale especialmente para pessoas com tendência a depressão e comportamentos compulsivos, afirma o cirurgião Marcelo Zidel Salem, do Núcleo de Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês.

É possível fazer atividades físicas logo após a colocação do balão no estômago.
VERDADE

O dispositivo no estômago não possui restrição para realizar atividades. “Porém, elas devem ser liberadas gradualmente, na medida da adaptação e conforto do paciente. É importante seguir as orientações médicas, principalmente a respeito da prática de exercícios de alto impacto, como por exemplo, boxe”, diz o cirurgião José Afonso Sallet, diretor Instituto de Medicina Sallet.

Fonte: UOL Saúde

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